"Ouro, Suor e Lágrimas": ensinamentos olímpicos na tela do cinema

DOCUMENTÁRIO ESTREIA em Montes Claros; personagem, André Nascimento acompanha o MOC Vôlei no filme que narra superações e conquistas brasileiras

André e família na sessão de cinema
NORMALMENTE, NÃO há qualquer tipo de treino à tarde e à noite nas quartas-feiras do Montes Claros Vôlei, mas nesta semana os jogadores e a comissão técnica interromperam a folga do meio de semana para uma combinação de lazer e aprendizado. O grupo que se prepara para a disputa do Campeonato Mineiro, com estreia daqui a 15 dias, foi convidado para acompanhar a exibição de estreia na cidade do documentário “Ouro, Suor e Lágrimas”, na noite dessa quarta-feira, no cinema do Ibituruna Shopping.

O FILME de uma hora e meia destaca a preparação, as superações e, sobretudo, o legado das seleções masculina e feminina do Brasil nas conquistas de medalhas olímpicas a partir do ano 2000 – até 2012, quando os homens perderam a final dos Jogos de Londres e as mulheres repetiram o ouro de Pequim.

PRINCIPAL CONTRATAÇÃO do MOC Vôlei, o oposto André Nascimento é personagem no documentário. Ele fez parte da conquista do ouro nos Jogos Olímpicos de 2004, em Atenas (Grécia), numa final épica contra a Sérvia. Na geração ao lado de Giba, André Heller, Dante e outros multicampeões, também venceu seis ligas mundiais entre 2001 e 2007 e dois campeonatos mundiais (2002 e 2006), conquistas que também são narradas no filme.

REVENDO

COMO PARTICIPOU das gravações, André assistiu ao filme antes dos companheiros, mas fez questão de revê-lo, dessa vez ao lado da esposa Thaís Carminatti e do filho Kalel. “O filme mostra o outro lado da conquista: como nos preparamos para chegar a estas conquistas e como convivemos com as decepções e os contratempos”.

Nascimento e a roteirista do filme, jornalista Cláudia Furiati
EMBORA OS personagens sejam ídolos nacionais e internacionais, com realizações profissionais e financeiras, André lembrou que os atletas também têm vidas comuns como pais, filhos e maridos que abriram mão da convivência com a família para treinar e jogar – praticamente 100% das competições longe de casa. 

EM MEIO ao filme, num depoimento emocionado em que chora copiosamente, André fala como o nascimento do filho Kalel – hoje com cinco anos – foi divisor de águas para repensar sobre sua continuidade na seleção.

“ATÉ ENTÃO, só sabia dessa sensação de deixar um filho para trás pelo exemplo de outros jogadores da seleção. Quando o Kalel nasceu, chegou a minha vez de sentir este vazio causado pela distância; queria ficar o mais perto possível dele”, depôs no documentário.

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