Bem sucedidos no Paraná

MONTES-CLARENSES Jhonathan e Lucas Ramon são campeões pelo Londrina e Operário, com direito até a proposta do Grêmio

Lucas Ramon, lateral do Londrina
AS MELHORES campanhas do interior no Campeonato Paranaense deste ano tiveram dois jogadores nascidos e criados em Montes Claros como protagonistas. O lateral direito Lucas Ramon, de 21 anos, levantou a taça de campeão do interior com a camisa do Londrina Esporte Clube. Ele já havia conquistado o título do Paraná em 2014 com o próprio LEC. E o volante Jhonathan Silva, de 24 anos, foi campeão com o Operário na primeira taça da história do time de Ponta Grossa.

A PROJEÇÃO pelas conquistas deve ficar bem além das medalhas e das taças que os dois alcançaram como titulares em seus respectivos clubes. Segundo a imprensa do Rio Grande do Sul, o nome de Lucas Ramon aparece como um dos prováveis reforços do Grêmio para o Campeonato Brasileiro. O jogador, que tem como característica marcante o apoio ao ataque associado à velocidade, está no Londrina há cinco anos, aonde chegou para atuar no time juvenil.

EM CONVERSA com a VENETA, direto do Norte do Paraná, Lucas revelou que as negociações com os gremistas começaram há mais ou menos um mês. Além do Tricolor do Rio Grande do Sul, ele também foi sondado pelo Cruzeiro. O lateral adiantou à reportagem que dificilmente permanecerá no Londrina, mas negou que a ida para Porto Alegre já esteja concretizada.

OS DIREITOS federativos de Lucas pertencem ao Londrina e ao empresário Sérgio Malucelli, que é o gestor do clube. “Provavelmente não devo ficar mais no Londrina”, admitiu o lateral ao ser indagado que já esteja com os dois pés no Grêmio. Lucas começou a jogar futebol no projeto social da Novo Nordisk, sob o comando dos técnicos Junio Borges e Cesinha Catopé, ex-jogador do Ateneu.

CAMPEÃO

JHONATHAN AINDA comemora o feito do Operário, que pela primeira vez conquistou o Paranaense. Foram duas vitórias sobre o Coritiba (2x0 e 3x0). O volante montes-clarense foi titular em 90% da campanha, mas justamente na final teve que apenas torcer pelos companheiros. “Tive uma torção no tornozelo no segundo jogo da semifinal [contra o Foz do Iguaçu]. Até me recuperei, mas não estava cem por cento e fiquei de fora. Era uma final né?”, observou o meia. Ele considerou os dois jogos contra o Foz como os mais complicados. “Valia a vaga na final e qualquer erro poderia custar a classificação”.

Jhonathan em ação pelo Operário marcando o conterrâneo Nikão
O JOGADOR, que marcou um gol na campanha do Operário, passou por um drama pessoal. Na véspera da partida contra o Atlético/PR, recebeu um telefonema da família sobre a morte da avó em Montes Claros.

A VIGÊNCIA do contrato de Jhonathan coincidiu com o término do Campeonato, mas o atleta adiantou à VENETA que até o final de semana assinará a renovação por pelo menos mais um ano. Segundo ele, o pedido foi feito pelo próprio técnico Itamar Schülle. “A renovação está bem encaminhada. Com o título, o Operário vai disputar o Campeonato Brasileiro da Série D e a Copa do Brasil do ano que vem. Como tenho a oportunidade de renovar, quero dar sequência a este belo trabalho que fizemos aqui. O grupo é muito bom”, analisou.

O VOLANTE foi revelado nas categorias de base do Funorte em 2009 e passou por equipes como o Democrata/SL, Minas Boca, União Suzano, voltou ao FEC e antes de ir para o Paraná atuou pelo Uberaba. Jhonatan é vinculado à ACR Soccer, do português Antônio Rodrigues, que tem como um dos agentes Marcão Santana.

PELO MENOS mais dois montes-clarenses atuaram no futebol do Paraná neste semestre: o lateral Diego Fiúza jogou pelo Nacional de Rolândia e o meia Nikão esteve no Atlético.

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