Diferente de 1998, presidente descarta um pedido de licença

HÁ 17 anos, o time fez a segunda pior campanha na elite, caiu para o Módulo II, mas desistiu por problemas financeiros

Mesmo com a premiação de familiares, Ville Mocellin descarta pedido de licença
O BICHO foi fundado em 1992 e três anos depois foi vice-campeão da Terceirona. Subiu para o Módulo II e 1996 repetiu o segundo lugar e conseguiu o inédito acesso dentro de campo de um time da cidade para a 1ª Divisão. Em 97, terminou a elite mineira em 7º lugar depois de uma campanha de destaque com vitórias sobre Villa, Cruzeiro e Atlético. (Foto: Ch Jil Vann)

MAS EM 1998, o Montes Claros Futebol Clube sofreu seu primeiro rebaixamento. Foi o vice-lanterna do Mineiro da 1ª Divisão e caiu para o Módulo II – teve quatro vitórias –, mas antes mesmo da temporada do ano seguinte, o presidente Ville Mocellin pediu licença na FMF alegando dificuldades financeiras e encerrou as atividades. Só foi voltar a campo em 2004, na mesma Terceirona.

PRESSÃO DA FAMÍLIA

Foram investidos R$ 30 mil na escolinha
PARA AGORA, o plano parece diferente. Em conversa com a VENETA, o dirigente já adiantou que não pedirá licença e o Montes Claros estará na competição do ano que vem, embora haja uma pressão dos familiares para que feche as portas outra vez. “Estou envergonhado. Não era para a gente acabar nesta situação, mas reconheço que começamos a nos preparar tarde demais. Algumas parcerias não vingaram e dentro do campeonato o tempo para os treinos foram curtos. Resumo este momento como um excesso de contratempos”, disse.

SEGUNDO VILLE, mesmo diante destes problemas e da falta de um campo próprio – além do baixo orçamento –, não há como deixar o clube de lado. O argumento está na criação do projeto das escolinhas, com 10 núcleos em vários bairros de Montes Claros. São 300 alunos. Os investimentos na base, segundo Ville, chegam a R$ 30 mil entre materiais esportivos e custos com os monitores. “A manutenção do time é uma inspiração aos jovens que sonham em seguir carreira no futebol”, acrescentou Mocellin. (Foto: Alex Sezko)

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