Mesmo invicto e líder, MCFC demite mais um técnico

PC DIZ que dirigente exigiu escalação, o que ele não aceitou; Ville alega divergências anteriores

Paulo César treinou o time em nove jogos: 5 vitórias e 4 empates
O QUE aconteceu no clássico acabou em segundo plano ao final do jogo depois que o técnico Paulo César Alencar foi demitido pela diretoria do Montes Claros. A notícia surpreendeu a todos, principalmente pela campanha que o clube faz. É o líder isolado do Hexagonal Final, além de ser o único invicto até aqui após 18 rodadas. 

VALE LEMBRAR que, ainda na primeira fase, justamente na véspera de um jogo contra o Funorte, o técnico Didi também foi demitido do comando do MCFC. O então preparador físico Pedrinho Castanha foi o treinador interino e o Bicho venceu por um a zero, gol de Rafael Bill.

“O JOGO acabou, sai do campo e fui em direção ao vestiário. Antes de entrar, o Jota [Dias, gerente de futebol] disse que tinha notícia ruim e emendou que eu estava dispensado”, tentou se explicar PC, ainda atordoado pela decisão da diretoria.

INDAGADO PELA imprensa, ele emendou: “o presidente quis que eu escalasse o Bill no lugar do Rômulo; não concordei. Antes do jogo na quarta foi assim também. Tenho 27 anos de carreira e sempre tive autonomia. Escalo aquele time que considero o melhor”, pontuou.

LOGO EM seguida, o ex-técnico tricolor foi para o vestiário dar a notícia aos jogadores. O abatimento foi geral. Houve até a ameaça de uma greve branca na representação, em protesto contra mais uma demissão – o que não aconteceu.

O FATO foi tão inusitado que até mesmo os jogadores e comissão técnica do rival Funorte mostraram solidariedade a Paulo César.

Ville Mocellin aponta divergências ao longo da semana
O PRESIDENTE Ville Mocellin falou com a imprensa enquanto atletas e técnico estavam no vestiário. Segundo ele, “a decisão vinha se arrastando há oito dias por causa de questões internas que detectou”, mas não entrou em detalhe sobre quais seriam estes problemas. E emendou: “futebol é assim: quando não está de agrado a gente muda mesmo”.

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