Ciente do pouco tempo de preparação, Bicho faz trabalho preventivo de lesões

Jogadores no circuito de estações do CORE, série de exercícios preventivos de lesões
NÃO HÁ como negar que o Montes Claros Futebol Clube trabalha em ritmo intenso. A preparação ideal deveria ter começado dois meses antes do Campeonato Mineiro da Segunda Divisão, mas como isso não aconteceu, já que o grupo iniciou os treinos somente no dia 31 de julho, a rotina entre táticos, físicos, coletivos e academia teve que ser acelerada.

EM MEIO à ansiedade de uma estreia neste sábado, às 15 horas, contra a Ituiutabana, a comissão técnica sabe que convive com o risco das contusões em série diante dessa programação intensa. Uma forma de diminuir esse risco está nos chamados treinamentos preventivos.

NO INÍCIO desta semana, por exemplo, o preparador físico Netto Ruvenal e o fisioterapeuta Jomar Almeida realizaram na Clínica Reabilitar um trabalho conjunto denominado CORE, no qual são programados treinos de potência, força, estabilidade e equilíbrio, com o objetivo de se evitar as lesões.
Jomar Almeida, fisioterapeuta do MCFC

“MONTAMOS UM circuito com 12 estações, cada uma com um tipo de aparelho que faz a simulação de movimentos extremos que o atleta faria dentro de campo, seja numa situação de treino ou de jogo”, disse Jomar.

MAIS DIFICULDADE
COM ESTA técnica, explica o especialista, necessariamente o atleta faz um tipo de movimento com um grau maior de dificuldade. Nos saltos, por exemplo, são utilizadas tornozeleiras com quatro quilos. Já nas arrancadas, é utilizado um elástico com o qual o jogador fica preso à outra pessoa, o que exige uma força maior para que ele saia do lugar.

“SOBRE PLATAFORMAS de saltos, que se parecem com pequenas camas elásticas, o jogador faz simulações de saltos e chutes com o peso extra das tornozeleiras em cada perna. No jogo, quando ele passa por uma situação dessas, de chute, salto e impacto em queda, mesmo que ela seja desconfortável, a musculatura e as articulações, sem o peso, já estarão acostumadas com a sobrecarga”, completou o fisioterapeuta.

VARIAÇÕES

 
Netto Ruvenal cita as variações de trabalhos preventivos
JÁ NETTO Ruvenal lembra que os trabalhos preventivos têm feito parte da rotina do Montes Claros. “Além do CORE, já realizamos o “Eleven +”, que é recomendado pela própria Fifa para a redução do risco de lesões”, explicou o preparador físico do Bicho. Nele, o atleta faz trabalhos de coordenação, agachamento, amplitude e equilíbrio para fortalecimento da musculatura e das articulações.

“MESMO QUE ofereçam uma carga a mais ao atleta, são dois trabalhos altamente positivos, pois permitem o equilíbrio dos músculos e o fortalecimento das articulações. O jogador fica mais residente ao choque e ao impacto”, finalizou Netto, ao lembrar que o CORE, por exemplo, mexe até mesmo com as fibras dos músculos mais profundos.

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